ATA DA CENTÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 20-11-2014.

 


Aos vinte dias do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João Derly, Kevin Krieger, Mauro Pinheiro, Mônica Leal e Reginaldo Pujol. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Any Ortiz, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Pedro Ruas, Séfora Mota e Tarciso Flecha Negra. Do EXPEDIENTE, constou Comunicado do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação, emitido no dia seis de novembro do corrente. Após, foram apregoados Requerimentos de autoria da vereadora Jussara Cony, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias dois, quinze e dezesseis de setembro do corrente. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Jaime José Caspary, Pároco da Igreja São Vicente Mártir, que discorreu sobre a romaria de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Reginaldo Pujol, Engº Comassetto, Lourdes Sprenger, João Carlos Nedel e Cassio Trogildo manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Após, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do aniversário da Independência do Líbano. Compuseram a Mesa: o vereador Mauro Pinheiro, presidindo os trabalhos; Ricardo Malcon, Cônsul Honorário do Líbano no Rio Grande do Sul; Zilmar Moussalle, Presidente da Sociedade Libanesa de Porto Alegre; e Salim Sessim Paulo, representando o Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre e Vice-Presidente da Sociedade Libanesa de Porto Alegre Paulo. Após, o Presidente concedeu a palavra a Ricardo Malcon, que agradeceu a homenagem. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se, os vereadores Dr. Thiago, proponente da homenagem, em tempo próprio e em tempo cedido pelo vereador João Bosco Vaz, e Idenir Cecchim. Na ocasião, o Presidente concedeu a palavra a João Antonio Dib, ex-vereador. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e um minuto às quinze horas e seis minutos. Após, foi apregoado o Requerimento nº 106/14 (Processo nº 2703/14), de autoria do vereador Clàudio Janta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Delegado Cleiton, Clàudio Janta e Tarciso Flecha Negra. Na ocasião, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Kevin Krieger, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, do dia vinte e sete de novembro ao dia quatro de dezembro do corrente. Também, foi apregoado o Projeto de Lei do Legislativo nº 246/14 (Processo nº 2688/14), de autoria do Ver. Kevin Krieger. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciou-se o vereador Alberto Kopittke. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Lourdes Sprenger e o vereador João Carlos Nedel. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 205/14, este discutido pelos vereadores Marcelo Sgarbossa e Bernardino Vendruscolo; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 231 e 234/14 e o Projeto de Resolução nº 016/14. Às dezesseis horas e seis minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Mauro Pinheiro e secretariados pelo vereador Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony solicitou Licença para Tratamento de Saúde no dia 2 de setembro e nos dias 15 e 16 de setembro de 2014.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Tribuna Popular de hoje terá a presença da Paróquia São Vicente Mártir que tratará de assunto relativo à Romaria de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. O Pe. Jaime José Caspary, representando a Paróquia, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. JAIME JOSÉ CASPARY: Saúdo a todos, quero dar o boa tarde ao Presidente em exercício, Ver. Mauro Pinheiro, trago a Mauro Pinheiro o abraço do Padre Alexandre Griebler, quando nós nos encontramos, seguidamente, falamos no seu nome, mas sempre falando bem, pode ter certeza. Ele tem uma estima especial por ti, pode ter certeza, lá da Zona Norte, na Paróquia Madre Teresa de Calcutá, onde ele já trabalhou, que, aliás, agora vai haver um novo Padre lá. Saudamos os demais Vereadores, o público que nos assiste no plenário, pela TVCâmara, também saudamos nossos irmãos e irmãs da Paróquia São Vicente Mártir, devotos de Nossa Senhora Desatadora dos Nós; queremos, neste momento, aproveitar para divulgar quanto Maria é especial para nós como igreja católica. Maria tem a dimensão de intercessora para nós, justamente, extraído do capítulo 2 do Evangelho de São João, as bodas em Caná da Galileia, quando Jesus faz o seu primeiro milagre, transformando a água em vinho, a pedido de sua mãe Maria. Então, é esse aspecto de intercessora que Maria tem para todos nós. Maria, então, é a mãe de Jesus, a mãe de Deus e, por este mundo afora, Maria tem diversos títulos; um deles é Nossa Senhora Desatadora dos Nós, mas é a mesma Maria, a mesma mãe. Claro, cada lugar, cada País, cada cultura com seus aspectos característicos, e o nosso povo, na sua criatividade e na sua devoção, tem um carinho todo especial para com Maria. Por isso, também, aqui em Porto Alegre, nós temos a grande procissão de Nossa Senhora dos Navegantes no dia 2 de fevereiro. Maria, então, caminha na frente e nos acompanha, nos protege. Existe muito, na América Latina, a devoção mariana; o nosso povo que tem um carinho todo especial para com Maria. A origem da devoção à Nossa Senhora Desatadora dos Nós é algo de uns 300 anos para cá; portanto, é uma origem até recente, surgiu na Alemanha, num povoado chamado Augsburgo, muito ligado à Bíblia Sagrada, se com Eva, no Antigo Testamento, foi atado o nó da desobediência; com Maria, no Novo Testamento, na Bíblia Sagrada, foi desatado esse nó, que agora é obediência ao plano de Deus, para que Jesus possa ser cada vez mais conhecido e amado. Então, temos a devoção à Nossa Senhora Desatadora dos Nós muito nesse sentido.

Também queremos lembrar que um grande devoto de Nossa Senhora Desatadora dos Nós é o nosso querido Papa Francisco. O Papa Francisco, em Buenos Aires, durante três anos, foi provincial dos padres jesuítas, e, depois que deixou essa missão, o novo provincial achou por bem pedir que o Padre Jorge Mario Bergoglio estudasse um período na Alemanha, para aprofundar seus estudos.

E, por dois anos, ele foi enviado para a Alemanha; lá ele se sentiu muito sozinho, então, ele se segurou muito nessa devoção, devoção que ele conheceu na Alemanha, devoção à Nossa Sra. Desatadora dos Nós, e foi se firmando nessa devoção.

Temos até um livro, com capa azul, que tem como título Papa Francisco, Papa do Povo, com um capítulo que fala somente sobre isso, essa devoção, essa grande devoção que o Papa Francisco tem à Nossa Senhora Desatadora dos Nós. O autor chega a comentar que, certamente, esse nó de ser Papa não foi algo que ele gostaria que fosse desatado. Mas foi por inspiração do Divino Espírito Santo, então, que ele foi escolhido para essa missão como Papa.

Então, temos o Papa Francisco como o grande aliado nosso na Igreja Católica por esse carinho que ele tem à Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Depois, na volta da Alemanha, ele introduziu, também, em Buenos Aires, na Argentina, essa devoção.

Nós temos na Paróquia São Vicente Mártir, que fica no bairro Camaquã, na Rua Victor Silva, 186, quatro momentos nas quartas-feiras, chamado de Novena Perpétua, nos seguintes horários: 6h30min, 9h30min, 15h30min e 19h. Em torno de 1.200 pessoas passam por lá na Igreja São Vicente Mártir, a cada quarta-feira, e percebemos que, cada vez mais, está aumentando essa devoção, um procurando divulgar para o outro essa devoção, os familiares chamando outros familiares, os vizinhos falando dessa devoção, convidando os amigos para essa devoção; é o efeito multiplicador de boca em boca que nós vamos convidando mais pessoas para fazerem parte como pessoas que admiram e tem um carinho especial para com Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Na imagem dela são dois anjos que ajudam a desatar os nós. Os nós são as dificuldades da vida, os problemas da caminhada. Não há ser humano que não tenha nó a desatar; todos nós, seres humanos, temos dificuldades, temos desafios, temos nós a desatar. Então, nós nos firmamos, nós nos seguramos muito, em Nossa Senhora Desatadora dos Nós, também nesse sentido. E penso que um aspecto importante nos tempos de hoje, que Maria possa nos ajudar a desatar também o nó da intolerância que muitas vezes no mundo existe, para que haja também mais fraternidade entre os povos, entre as pessoas, a harmonia, o bom senso, o perdão, o diálogo e tudo isto, Nossa Senhora Desatadora dos Nós, também nos ajuda a vender e a superar. Nós temos uma programação, então, agora, para o dia 07 de dezembro, que vai ser como que a culminância dessa Novena em preparação. Hoje, em uma semana, dia 27 de novembro, nós vamos começar às 20h esta Novena na Paróquia São Vicente Mártir. Cada noite sempre vem um Padre de fora para fazer a pregação, sempre com um tema específico. Este ano o nosso grande tema é “Maria nos torna pessoas alegres e comprometidas.” - escolhemos esse tema, esse lema, em função da primeira Encíclica do Papa Francisco, chamada A Alegria do Evangelho - Evangeli Gaudium. Ali o Papa Francisco nos lembra muito a alegria, nós como cristãos, como católicos devemos ser pessoas de muita alegria e nos comprometer. Então, que Maria nos torne pessoas alegres e comprometidas no mundo em que nós estamos inseridas. Então, temos a Novena, vamos ter também uma tarde da alegria onde vão ser chamadas as crianças, especialmente as crianças mais pobres, mais carentes. Isto vai se dar no sábado da outra semana, dia 29 de novembro; depois, no dia 06 de dezembro, nós vamos ter uma carreata às 16h - vamos levar a imagem da Nossa Senhora Desatadora dos Nós até a Paróquia vizinha no bairro Tristeza, a Paróquia Nossa Senhora das Graças. Lá, Nossa Senhora Desatadora dos Nós vai pernoitar, e, no dia seguinte, dia 07 de dezembro, então, temos a grande Romaria, que sai da Igreja Nossa Senhora das Graças, a pé, subindo a Av. Otto Niemeyer, onde nós faremos, no caminho, cinco paradas, chegando por volta das 10h, até a Igreja São Vicente Mártir, onde vamos ter a missa campal. O nosso Arcebispo Dom Jaime já garantiu que vai estar conosco, vai fazer a caminhada e depois vai presidir a missa solene. Depois, teremos o almoço festivo, de tarde mais algumas atividades, em torno de Nossa Senhora Desatadora dos Nós.

Então, queremos aproveitar o espaço para convidar a presidência da Casa, a vice-presidência, os demais Vereadores e Vereadoras para estarem conosco neste dia 07 de dezembro, de modo todo especial, para assim, homenagearmos a Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Estamos estimando a presença, no dia 07 de dezembro, na romaria, em torno de 10 mil pessoas. No ano passado tivemos 7 mil, este ano, se Deus quiser, e Nossa Senhora Desatadora dos Nós, nós vamos ter a presença de 10 mil pessoas, ao menos, para se unirem ao redor de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Então, que ela nos acompanhe, nos abençoe, nos proteja na nossa vida, na nossa caminhada da fé. Queremos hoje e sempre nos firmar em Jesus e em Maria, na nossa história e na nossa caminhada neste mundo.

Então, queremos, de coração, agradecer, na pessoa do nosso amigo, Ver. Mauro Pinheiro, a presença aqui nesta tarde, neste espaço que nos é concedido.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro):O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, vários Vereadores me pedem para que eu fale em nome deles, inclusive, e, especialmente, o Ver. Janta, cujo porte não pode permitir nem uma espécie de esquecimento ou de omissão. Então, nós queremos cumprimentá-lo e dizer que é uma alegria em recebê-lo, especialmente, porque a cruzada cristã que o senhor representa nos contagia e nos comove, inclusive, esse convite tão carinhoso e tão generoso para participarmos da Romaria, no dia 07 de dezembro. O senhor sabe que todos nós temos as nossas datas mais celebradas – a data do nascimento, a data da primeira comunhão, a data do casamento, a data do nascimento do primeiro, do segundo filho, da perda de um ente querido –, mas há alguns fatos nas nossas vidas que são muito marcantes. Eu não sei se, no dia 07 de dezembro, desatei algum problema ou se atei, definitivamente, outro, porque marca o dia em que fui diplomado, em 1969, na faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica. E, este ano, por representar 45 anos de formatura, nós pretendemos reunir os nossos colegas, e eu vou sugerir a eles que a gente agradeça a Nossa Senhora por termos desatado tantos nós nas nossas vidas e contraído tantas amarras na fidelidade dos nossos princípios.

Seja bem-vindo e saiba que a Casa tem grande alegria em recebê-lo. O nosso Vice-Presidente, conduzindo os trabalhos, é a própria imagem da fidalguia, e o senhor, a imagem da simpatia. Seja bem-vindo!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Obrigado, Presidente. Padre Jaime, em nome do Partido dos Trabalhadores – em meu nome, em nome dos Vereadores Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon, Alberto Kopittke, Marcelo Sgarbossa –, quero aqui lhe trazer um abraço e cumprimentá-lo pelo trabalho maravilhoso que faz nas nossas comunidades da Zona Sul da Cidade, sempre presente, sempre ativo. Também quero dizer que a Igreja Católica, através do Papa Francisco, está fazendo um conjunto de revisões e análises, do nosso ponto de vista, na direção de construir cada vez mais uma sociedade solidária, uma sociedade justa, um mundo que lute pela paz, contra a intolerância religiosa. Queremos aqui o cumprimentar e dizer que o que mais temos em nossas vidas são nós, e a disposição de desatá-los tem que estar presente em todos nós. Então, receba o nosso abraço, o nosso cumprimento. Continue a sua luta!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: O Padre Jaime deixou tantas saudades na igreja do bairro Tristeza, onde eu moro há 36 anos, mas está fazendo um belo trabalho na outra igreja. Eu quero cumprimentá-lo e dizer que a comunidade toda, lá no entorno, tem um grande apreço por todo trabalho que o senhor tem feito. Eu falo em nome da Bancada do PMDB, dos Vereadores Idenir Cecchim, Valter Nagelstein, Professor Garcia. Receba meus cumprimentos.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Meu ilustre amigo Padre Jaime, em nome da Bancada do Partido Progressista, composta pelos Vereadores Guilherme Socias Villela, ex-Prefeito da Cidade; Mônica Leal, Kevin Krieger e por este Vereador, quero lhe dar as boas-vindas a esta Casa. Realmente a sua presença é uma bênção para nós, ainda mais nos convidando para a novena que começa no dia 27, na próxima quinta-feira, lá Igreja São Vicente Mártir, e, como o senhor disse, o ápice dessa festa é a romaria de Nossa Senhora Desatadora dos Nós no dia 07 de dezembro. Estaremos lá, sem dúvida, junto com o senhor, pedindo as bênçãos, especialmente para a nossa Cidade, para a nossa Câmara de Vereadores, que haja um bom entendimento e que realmente atendamos às necessidades do nosso povo. Muito obrigado, meus parabéns, o senhor é muito bem-vindo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CASSIO TROGILDO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Padre Jaime, falo aqui em nome da Bancada do PTB – deste Vereador, Ver. Cassio Trogildo; Ver. Elizandro Sabino, Ver. Paulo Brum, Ver. Alceu Brasinha. Também me pede para transmitir um grande abraço o Ver. Bernardino, do PROS. Pessoalmente quero lhe trazer um abraço aqui do meu pai e da minha mãe – da Dona Gessi e do Sr. Dário –, que lhe conhecem há muito tempo. Sou do bairro Camaquã, mas a minha Igreja não é a São Vicente, a minha Igreja é a São Martinho, moro quase esquina com Dr. Barcelos. Quero saudar essa grande romaria, esse grande movimento, e, se Deus permitir, estaremos lá, no dia 7 de dezembro, acompanhando a romaria. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não havendo mais nenhum Vereador inscrito, quero agradecer a presença do Padre Jaime, seja sempre muito bem-vindo à nossa Casa. Para nós, é sempre um prazer muito grande ter o senhor aqui. Tenho certeza de que todos aqui já conhecem a sua trajetória, o seu trabalho, e só temos a lhe desejar força e saúde para que continue trabalhando pela nossa comunidade. Parabéns pelo seu trabalho. Seja sempre muito bem-vindo! Obrigado.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje este período é destinado a assinalar o aniversário da Independência do Líbano, por Requerimento de autoria do Ver. Dr. Thiago. Convidamos para compor a Mesa: Sr. Ricardo Malcon, Cônsul Honorário do Líbano no Rio Grande do Sul; Sr. Zilmar Moussalle, Presidente da Sociedade Libanesa de Porto Alegre; Sr. Salim Sessim Paulo, representante do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre e Vice-Presidente da Sociedade Libanesa de Porto Alegre Paulo.

O Sr. Ricardo Malcon, Cônsul Honorário do Líbano no Rio Grande do Sul, está com a palavra.

 

O SR. RICARDO MALCON: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Boa tarde. É um prazer muito grande estar hoje nesta reunião com os senhores, na qual represento o Líbano, como Cônsul Honorário, neste Estado. Quero dizer a vocês que é uma satisfação comparecer a esta reunião tão importante e estar aqui com os senhores para comemorar e celebrar a independência do Líbano. Agradeço muito o obséquio da Câmara Municipal em nos receber. Muito obrigado a todos. Uma boa tarde. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DR. THIAGO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O Líbano é um país situado no oeste asiático, no extremo leste do mar Mediterrâneo, limitado ao norte e ao leste pela Síria, ao sul por Israel e a oeste pelo Chipre, situado numa região chamada de Crescente Fértil, onde surgiram as primeiras civilizações da humanidade. É, junto com a Síria, uma das pátrias históricas dos fenícios, negociantes semitas da Antiguidade, cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de dois mil anos e que criaram o primeiro alfabeto, do qual saíram todos os demais – tanto os semíticos quanto os indo-europeus.

No século I a.C., o Líbano passou a fazer parte do Império Romano e, em seguida do Império Bizantino - época em que o cristianismo se espalhou pela região. A conquista árabe do século VII introduziu a atual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. Durante a Idade Média, o território que hoje é o Líbano esteve envolvido nas cruzadas, quando então foi disputado pelo Ocidente cristão e pelos árabes muçulmanos. No século XII, o sul do Líbano esteve integrado ao Reino Latino de Jerusalém. Foi depois ocupado pelos turcos do Império Otomano em 1516.

A independência foi conquistada em 1943, sendo o país considerado, sob o ponto de vista financeiro, como a "Suíça do Oriente". Por ali eram feitas grandes negociações de petróleo, por exemplo. Sob o ponto de vista turístico, era comparado a Mônaco do Oriente; possuía cassinos e hotéis de luxo, porém, disputas crescentes entre cristãos e muçulmanos, exacerbadas pela presença de refugiados palestinos, minaram a estabilidade da república.

Segundo dados de julho de 2006, a população do Líbano era de 3.874 mil habitantes. O Líbano é uma democracia parlamentar regida pela constituição de 23 de maio de 1926, que foi alvo de várias emendas, a mais importante ocorreu em 1989.

A cultura do Líbano é uma mistura de várias civilizações ao longo de milhares de anos. Originalmente, a casa dos fenícios, posteriormente, conquistado e ocupado por assírios, persas, gregos, romanos, árabes, cruzados, turcos otomanos e, mais recentemente, franceses. O Líbano desenvolveu uma cultura que tem evoluído muito ao longo dos milênios, por meio de empréstimos de todos esses grupos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago prossegue a sua manifestação em Comunicações, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver João Bosco Vaz.

 

O SR. DR. THIAGO: Muito obrigado, Ver. João Bosco Vaz. A população diversificada do país, composta por diferentes grupos étnicos e religiosos, sem dúvida alguma, contribuiu para o desenvolvimento dos festivais, estilos musicais, literatura e culinária do país. Apesar da diversidade étnica, linguística, religiosa e confessional, os libaneses compartilham uma cultura quase comum. O árabe libanês é universalmente falado, enquanto a comida, enquanto música enquanto literatura, e estão profundamente enraizadas e miscigenadas nas mais diversas culturas.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço pelo aparte, pedindo escusas por ter interrompido o seu belo pronunciamento, mas quero que V. Exa. nos faça a gentileza de juntar ao seu pronunciamento, muito bem elaborado e, sobretudo, muito bem apresentado, o acréscimo, por menor que seja, da minha bancada, a qual eu represento na Casa, do Democratas, que está absolutamente solidária com o seu pronunciamento. Sem pretender reduzir o seu tempo, já escasso para continuar a leitura, quero trazer o meu abraço ao Dr. Ricardo Malcon, Cônsul Honorário do Líbano aqui no Rio Grande do Sul; ao Presidente da Sociedade Libanesa, nosso amigo Zimar Moussalle, e muito especialmente, ao Vice-Presidente da Sociedade Libanesa de Porto Alegre, o Salim Sessim Paulo, que representa o Conselho de Cidadãos Honorários da Cidade neste momento. Acresço, modestamente, o nosso aplauso, a nossa solidariedade e as nossas homenagens ao Líbano e a seus dignos representantes.

 

O SR. DR. THIAGO: Muito obrigado, Vereador Pujol. Então é com esse histórico de luta, palmilhada pelo compromisso de irmanamento com outras etnias, que nós temos o orgulho de poder ocupar este espaço - sempre antes ocupado pelo Ver. João Antônio Dib - e parabenizar pelo aniversário de independência do Líbano. Eu quero reiterar que é um orgulho... Eu tenho filhos descendentes diretos de árabes, a Maria, o João Pedro e o João Miguel. A Magda é a segunda geração de árabes, filha de palestino, o pai dela se chamava Mohamed Suleiman Shama. Portanto, a Maria é Maria Suleiman Shama, e leva o meu nome. O João Pedro é João Pedro Suleiman Shama, e leva o meu nome. O João Miguel é João Miguel Suleiman Shama, e leva o meu nome. Então, sem dúvida alguma, a gente tem muito orgulho e muita satisfação de que, no Brasil, esses descendentes libaneses e árabes, como um todo, possam acrescentar, compartilhar seus anos de história e de luta, compartilhar a sua cultura que, sem dúvida nenhuma, está acrescentando muito na construção de um país melhor, que certamente será o nosso. Ver. Bernardino, falando em filhos, a gente lembra de gerações, e há uma música latino-americana que o senhor gosta muito e que, sem dúvida nenhuma, sublinha muito esta geração: “Tenho um filho desta terra/Foi um amor sem passaporte/Se o gestar foi brasileiro/Não me chames de estrangeiro/Cada pedra, cada rua/
Tem um toque de imigrantes/Levantaram com seus sonhos/Um país que não tem donos”.
Certamente, vivemos e queremos, cada vez mais, construir este país livre, este país que não tem dono, este país que, sem duvida nenhuma, sofre a influência de todas as culturas e forma a cultura brasileira. Muito obrigado pela oportunidade. Parabéns à independência do Líbano, e que possamos, por muitos e muitos anos, estar aqui para cultuar esta data. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Acho que o Ver. Dr. Thiago fez algumas escolhas, uma delas foi a de escolher sua esposa, uma libanesa, com os filhos que levam o sobrenome da mãe junto com o dele. Mas a grande sorte dos filhos é que eles se parecem mais com a mãe do que com ele – são mais bonitos! No dia em que estamos comemorando o aniversário da independência do Líbano, a pérola entre tantas nações, comemoramos, na realidade, Sr. Malcon, Sr. Moussalle e Sr. Sessim, o povo libanês espalhado pelo mundo todo. Em todas as pátrias onde estão os libaneses há um significado importante: trabalho. Sabe-se que onde há um libanês, há um empreendedor, há alguém que emprega, há alguém que trabalha e ama o trabalho. Ama o trabalho porque compartilha, tem facilidade de fazer amizades, tem facilidade de ter o bom trato com as pessoas. É isso que queremos aqui, junto com os meus colegas Vereadores, comemorar na Câmara de Vereadores, o povo libanês, comemorar o jeito de ser dos libaneses e, principalmente, dar viva a quem se dedica a fazer amigos, a fazer empresas, a construir uma sociedade independente de raça, de vizinhos, de estranhos. Temos, Moussalle, na Sociedade Libanesa um exemplo disso, porque lá nessa Sociedade reúne-se Rotary, tem gente que joga tênis, tem gente que se reúne numa confraria, que não são libaneses. Por isso se tem que comemorar essa diversidade e essa facilidade de os libaneses fazerem amigos. Porto Alegre tem essa sorte de tê-los conosco, de conviverem aqui, de produzirem aqui, de fazerem amigos aqui, de confraternizarem aqui. Por isso, vida longa ao Líbano, vida longa ao povo libanês! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): João Antônio Dib, nosso sempre Vereador, como o senhor sempre foi o nosso proponente desta homenagem, hoje nós vamos quebrar o protocolo, e tenho certeza de que os nobres Vereadores não farão objeção a que possamos, mais uma vez, ouvir a sua palavra; então o conclamamos a fazer uso da palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sr. Ricardo Malcon, Cônsul-Geral do Líbano, cumprimentando V. Sa., cumprimento os demais integrantes da Sociedade Libanesa; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu quero dizer que hoje eu me sinto orgulhoso duas vezes. Primeiro, porque, depois de dois anos, eu uso a tribuna da Casa para poder me expressar e, segundo, pela ascendência, toda ela, libanesa, meus pais, meus avós, meus tios, todos libaneses. O libanês pode ser considerado um cidadão do mundo; é o povo que migra do Líbano e se adapta perfeitamente em qualquer outro povo. São raras, talvez, as cidades brasileiras que não tenham um libanês, mas eles se confundem com os seus concidadãos, ele parece um cidadão brasileiro, sem dúvida alguma, porque ele adota os mesmos costumes. A mesma cidade passa a ser dele, ele passa a amar o Brasil como ele amava o Líbano, e por isso duas vezes me sinto orgulhoso. Quero cumprimentar o Cônsul Honorário do Líbano, Dr. Ricardo Malcon, e, através dele, cumprimentar todos os libaneses e descendentes aqui do Rio Grande do Sul. A todos Saúde e Paz. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Agradecemos a presença do nosso Cônsul Honorário do Líbano, o Sr. Ricardo Malcon; do Sr. Zilmar Moussalle, o Sr. Salim Sessim Paulo, que temos a oportunidade de encontrar mais vezes aqui na Câmara como nosso Cidadão. Quero dizer que a honra é sempre nossa de poder contar com as palavras do sempre nosso Ver. João Antônio Dib. Eu vou ter a honra de dizer um dia que fui Vereador junto com Vossa Excelência. Agradecemos a presença de todos. Sintam-se cumprimentados pelo povo de Porto Alegre. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h01min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h06min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, nós só queríamos apresentar aqui uma Moção de Solidariedade aos trabalhadores de Charqueadas, principalmente da Iesa, onde perderam mil postos de trabalho em razão do escândalo da Operação Lava Jato. Isso vai levar a cidade a perder em torno de 5 mil postos de trabalho. Então queremos fazer a entrega a V. Exa. desta Moção de Solidariedade a qual pedimos para esta Casa apreciar na segunda-feira.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Feito o registro, Vereador.

O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; meu querido, sempre Vereador, um ícone desta Casa, João Antonio Dib, a quem dedico os meus respeitos e a minha admiração; senhoras e senhores; ontem houve uma votação sobre o feriado do Dia da Consciência Negra, e eu tenho que agradecer a todos os colegas que participaram e todos que deram a sua opinião e fizeram com que esse sonho de, no mínimo, 17% de negros da população porto-alegrense, sendo 90% da população porto-alegrense, se realizasse, porque essa é uma data de reflexão do que queremos para o nosso futuro e futuro dos nossos filhos, uma data na qual não queríamos somente ficar em casa, mas refletir o que a sociedade ganhou no sentido trazer todos os cidadãos no mesmo parâmetro com o mesmo sentido de igualdade.

Hoje, quando entrei aqui, alguns colegas falaram sobre a mídia, do que foi publicado em todos os jornais, televisão, nos grandes programas, e continua agora com uma agenda para dar entrevista sobre esse fato. Isso demonstra a importância do nosso trabalho e da nossa ação em relação à sociedade, porque, se fosse mais um tema que não desse toda essa mídia e que se falou em todo Brasil, possivelmente não teríamos aqui contribuído para uma história importante para a sociedade de Porto Alegre. Então, parabenizo os 36 Vereadores; aguardamos e queremos que o nosso Prefeito sancione essa lei.

Hoje nós temos aqui o nosso futuro Deputado, e eu digo que eu vim, neste meu primeiro mandato, com um grupo de colegas extremamente qualificado. Nós temos aqui o ex-Prefeito; nós temos um militante de cinco mandatos, que agora vai agitar a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul; nós temos um sindicalista; nós temos uma grande guerreira pela qual eu tenho uma admiração muito grande, que é a Ver.ª Sofia Cavedon, e todos os Vereadores. Citei esses para parabenizar todos.

Um segundo assunto aqui, hoje eu vejo uma notícia no jornal que é a aposentadoria especial aos Deputados com direito à viúva receber eternamente depois da morte. Isso vem da Mesa Diretora em que a liderança, o Presidente, é do meu partido. Com todo respeito que tenho, até porque é uma grande liderança, uma pessoa que eu respeito muito, um trabalhador, corretíssimo, mas eu acho que nós temos aqui que refletir. Posso estar tremendamente errado e amanhã até posso voltar atrás, mas política, senhores, não é profissão. Nós recebemos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. DELEGADO CLEITON: ...democraticamente, esse voto para ajudar, para liderar algumas conduções de uma melhoria da sociedade, mas não podemos ver, jamais, política como uma profissão.

Eu respeito os vários colegas que têm vários mandatos aqui, e eu posso estar errado, mas eu sou contra esse projeto, e, se fosse Deputado, teria o meu voto contra, um voto do PDT contra. Política não é profissão! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin Krieger solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 27 de novembro a 4 de dezembro de 2014. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO

A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Mario Fraga, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude – CECE.

Apregoo o PLL nº 246/14, de autoria do Ver. Kevin Krieger.

O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, nós protocolamos uma Moção de Solidariedade, nesta Casa, aos trabalhadores da Iesa, à população de Charqueadas, porque entendemos que esses operários e essa cidade estão passando por um momento muito difícil, o qual outros pólos irão passar, em função da Operação Lava Jato, que está fazendo uma varredura na maior empresa petrolífera do mundo, pode-se dizer uma das maiores do Brasil, uma empresa que nos orgulha de levar o nosso nome, uma empresa que nos orgulha de sermos brasileiros, e temos certeza que, num futuro bem próximo, essa empresa irá orgulhar a todos nós por ser a empresa que irá dar uma nova cara aos financiamentos de campanha, irá dar uma nova cara a forma de licitações, irá dar uma nova cara ao tratamento do dinheiro público e das empresas públicas nesse País. Tristemente acontece de novo, como no caso dos bingos, no Brasil, quando acabaram com mais de 400 mil postos dos trabalhadores em bingos no Brasil inteiro, por um ato de corrupção imposto por membros do Governo, na época o Sr. Cachoeiro ou o Sr. Youssef, que novamente se encontra envolvido num caso de corrupção. A corda, naquele momento, arrebentou do lado mais fraco: somente os trabalhadores em bingo foram penalizados, somente os trabalhadores em bingo perderam os seus empregos; os corruptos, os ladrões continuaram soltos, e a prova disso é o Youssef, que agora volta à tona na Petrobras.

Agora estamos um pouco mais esperançosos: que os trabalhadores do pólo naval, os trabalhadores da construção civil e os trabalhadores da construção pesada não percam os seus empregos. Esperamos que, novamente, a corda não arrebente do lado mais fraco; que daqui a 90 dias o Sr. Youssef, os seus donos de construtoras, os seus malas-pretas das construtoras não estejam soltos e os trabalhadores desempregados. Somente aqui em Charqueadas serão mais de mil pessoas desempregadas diretamente na Iesa; se nós juntarmos a Metasa, se nós juntarmos os bares, hotéis, restaurantes, toda a cadeia produtiva da cidade de Charqueadas, isto poderá chegar a 5 mil empregos. Ver. Alberto Kopittke, por exemplo, o pólo naval de Rio Grande que vai ser afetado – não podemos tapar o sol com a peneira –, no Rio Grande do Sul, com todo esse contingente de obras que irão paralisar e que estão paralisando não só do polo naval, mas da construção pesada, são mais de 50 mil empregos. Então nós apresentamos essa Moção de Solidariedade, mas também viemos à tribuna para fazer esse alerta aos governantes, ao Judiciário, aos políticos no Congresso Nacional e a todas as pessoas. Que a corda não arrebente, novamente, do lado dos trabalhadores, como aconteceu na questão dos bingos; que os trabalhadores não fiquem, novamente, desempregados; que milhares de postos de trabalho não sejam, novamente, fechados. Que o Governo apresente as soluções imediatas para que esses mil postos de trabalho sejam reativados, que o Governo intervenha e tome a iniciativa para que essas empresas voltem a produzir sob a chancela do Governo, já que o Governo era o responsável por injetar dinheiro nessas empresas, que continue tocando essas empresas e os investimentos que essas empresas tinham. Com força, fé e solidariedade, continuaremos lutando pelos trabalhadores e pelas suas famílias. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. Quero dizer da alegria, hoje, por conseguirmos trazer um pedaço da história do Grêmio que é o nosso querido Caio, um cara maravilhoso e humilde, a quem todos conhecem, pelo grande feito. Eu fui ao aeroporto buscá-lo. Deverá ser feita a cirurgia aqui em Porto Alegre, através de doações maravilhosas de empresários.

Eu gostaria de agradecer ao pessoal da Consciência Negra a linda camisa que eu recebi, que será usada durante muito e muito tempo, assim como já uso uma de dois anos atrás e isso me orgulha muito.

Para mim, a Semana da Consciência Negra é um momento onde o “eu negro” torna-se objeto de reflexão. Mas até quando teremos que ter uma semana para pensarmos sobre isso? Tenho orgulho de minha cor, de minha pele, me enalteço em saber que nasci da miscigenação de raças. A nossa raiz é multirracial, então por que o preconceito? Devemos exigir que a história seja ensinada de forma correta para os nossos pequenos, para que não cresçam adultos ignorantes, admirando heróis de outros, enquanto os nossos se multiplicaram pela história construindo nosso País, no nosso Estado, nossos lares, nossa Cidade e monumentos, lutando por liberdade, por igualdade e, principalmente, por dignidade. Precisamos refletir sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, mas não somente no dia 20, a consciência negra deve acontecer nos 365 dias do ano. Devemos isso aos nossos ancestrais, porque eles se libertaram da corrente de seus pés, mas está na hora de arrebentarmos os que permanecem em nossas almas e em nossos corações. E que um dia possamos ter o mundo onde todos se respeitem, e não sejamos tachados por credo, cultura ou raça! Esse é o meu pensamento de consciência negra. Eu acho que a consciência negra deve estar nos nossos corações 365 dias do ano. Como? Como um belo museu do negro, falando sobre a raça negra, nos colégios, tudo isso é importante para que as crianças brancas, negras, índias cresçam de mãos dadas e que, no futuro, todos possamos andar juntos.

Vou aproveitar o tempo que me resta para repetir uma frase de Morgan Freeman que eu gosto muito, em todos os meus discursos eu repito esta frase que marcou o meu coração: “O dia em que pararmos de nos preocupar com consciência negra, amarela ou branca e nos preocuparmos com a consciência humana, o racismo desaparece”. Isso é o que eu espero, é o que eu penso, é a nossa luta, a luta do negro. Quando pararmos de pensar em consciência negra, branca ou de qualquer cor que seja, é sinal de que o racismo acabou e nós poderemos andar, Presidente, todos nós, buscando um mundo melhor para nós, humanos, que vivemos neste planeta. Era isso, parabéns ao Dia da Consciência Negra e aos nossos ancestrais que libertaram suas pernas das correntes, e que nós continuemos nesse caminho libertando as nossas almas, os nossos corações dessas correntes. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, venho aqui no meu período de Grande Expediente para fazer uma breve apresentação nesses 15 minutos. Gostaria de pedir a paciência dos colegas do plenário e transmitir à população que nos assiste na sua casa, um resumo do nosso mapa da Segurança Pública e Direitos Humanos que a nossa Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública elaborou, ao longo deste ano, um estudo aprofundado com vários indicadores. Porque todos nós sabemos dos problemas que a sociedade brasileira vive há pelo menos há 40, 50 anos de aumento da violência em todas as cidades, e nós mergulhamos em busca das razões desse aumento. Muito mais do que acusação contra Governo, luta de oposição, de situação, partido A ou B, nós nos somamos num esforço suprapartidário e técnico, que também é uma atribuição do Poder Legislativo, e que em vários locais do mundo, por exemplo, nos Estados Unidos, em várias cidades, a mudança da segurança pública partiu quando os parlamentos municipais começaram a elaborar diagnósticos mais aprofundados sobre esse tema. E eu passo a apresentar aqui, muito rapidamente, alguns resultados iniciais, e isso, depois, vai ser um livro publicado e lançado no dia 9 de dezembro, às 14h, aqui neste plenário.

 

(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Nós temos uma conclusão geral, repito, não é partidária nem momentânea, ela é estrutural, um problema que nós vivemos há mais de três, quatro, cinco décadas, que é a falta do planejamento de políticas integradas entre Estado e Município, que apresentem a metodologia, os indicadores e os resultados das políticas que vão fazer juntos. Nós não temos isso! Nós recebemos, fizemos audiências públicas – está aqui o Ver. Bosco, da nossa Comissão – e não encontramos, Ver. Bernardino, nenhuma política de segurança pública integrada entre Município e Estado! Talvez uma boa exceção, a mais próxima sejam as políticas de prevenção à violência contra a mulher, que evoluíram bastante, muito pelo Movimento Feminista, e hoje nós temos um certo desenho. De resto, é cada um por si e a bandidagem contra todos, eles atuando de forma unida e integrada, e nós de forma desintegrada. E a falta de avaliações de impacto de resultado. Nós não conseguimos medir o que foi proposto no ano passado, o que se alcançou neste ano. Nós fizemos 80 Pedidos de Informações para acessar os dados, que, muitas vezes, não estão disponíveis; fizemos cinco visitas; oito minisseminários; e 47 reuniões para montar este diagnóstico.

Aqui, o objetivo não é debater o Governo. Se alguém vier debater, dizer que a culpa é o do Governo A ou B, não, estamos mostrando um problema estrutural de 40 anos, uma aceleração forte dos homicídios, aceleração contínua do roubo de veículos, que fez Porto Alegre assumir o primeiro lugar, e uma diminuição do tráfico de drogas, mas nós temos uma opinião: muito mais do que estes indicadores aqui e os que vou mostrar, estes são indicadores de criminalidade, mas, hoje, não se usa mais este tipo de indicador para preparar política de segurança; o que se usa é pesquisa de vitimização para poder saber se os registros... Muitas vezes eles sobem, porque a polícia trabalha mais, e se tem a ideia de que piorou a situação, mas, muitas vezes, isso pode ser uma melhora da prestação de serviços da polícia, e quem nos diz isso é a pesquisa de vitimização.

Através da primeira pesquisa nacional de segurança pública, nós alcançamos, pela primeira vez – este dado ninguém nunca viu – o número total de crimes ocorridos em Porto Alegre, porque a ocorrência criminal é só uma parte deste número. Então, por exemplo, do furto de veículos, apenas 68% dos porto-alegrenses registraram o fato de terem sofrido furto; portanto, não tivemos 4 mil registros de furtos; tivemos, na verdade, 5.700, na Cidade. Roubo de veículos, nós também tivemos 15% a mais do que aparece nas estatísticas. Furto de objetos, apenas uma em cada 4 pessoas registra o furto. O roubo, apenas metade faz o registro. Isso nos dá o total de aproximadamente, segundo os nossos cálculos, 320 mil crimes violentos contra o patrimônio ocorreram em Porto Alegre no ano passado.

E muito se diz que o problema de segurança pública é a falta de efetivo da Brigada Militar. E o nosso esforço é para dizer o seguinte: isso até pode ser um problema, mas o problema é muito maior do que esse, não é só a falta de efetivo; é a falta de um planejamento integrado entre as forças de segurança. Nós temos um exército de profissionais trabalhando no tema da violência, mas como as instituições não são planejadas, nós desperdiçamos essa energia, nós não nos integramos no território. Nós temos todo esse sistema de Segurança pública federal, estadual, municipal, do Judiciário, do Ministério Público, que, infelizmente, não trabalham de forma integrada.

Nós temos, hoje, em Porto Alegre, aproximadamente 7.100 profissionais trabalhando na Segurança pública. Isso é mais do que qualquer cidade da Europa, dos Estados Unidos e do que a imensa maioria das cidades do mundo. Nós temos um verdadeiro exército de 7 mil pessoas. Tenho certeza de que nem a saúde tem isso; nem a assistência social, Ver. Kevin Krieger, que foi Secretário, tem um exército de 7 mil pessoas; nem a educação. Nenhuma outra política pública tem tanta gente trabalhando na sua área. O grande problema é que boa parte desse efetivo está em funções administrativas extremamente inchadas. E mesmo aqueles que aparecem no operacional, muitas vezes não exercem a atividade finalística; e, se exercem a atividade finalística, repito, não atuam de forma integrada e com inteligência, atuam de forma reativa ao crime e não preventiva.

Então, enquanto a população de Porto Alegre equivale a 12% da população do Estado, temos só 9% do efetivo – é um problema também, com certeza. Vinte e dois por cento do efetivo da Brigada está em funções administrativas em Porto Alegre e apenas – esse é um dado muito preocupante – 9% do efetivo de oficiais da Polícia Militar em Porto Alegre são mulheres. Esse é um grande equívoco que nós temos. Segundo a ONU, a proporção de oficiais da Polícia Militar deveria ser meio a meio. Nós não temos ainda nenhuma mulher coronel na Brigada Militar em 178 anos. E isso influencia também na qualidade das políticas públicas.

Nós tivemos um importante aumento nos registros da Polícia Civil, inclusive em razão do aumento do efetivo, que apareceu antes: armas de fogo apreendidas – talvez o indicador mais importante que nós temos: aumentou 13% a retirada de armas da mão dos bandidos na nossa Cidade – isso tem que ser muito louvado –, e o número de recuperação de veículos aumentou 21%. Porém o problema não é na recuperação, é na prevenção ao roubo, também, de veículos.

Em relação aos presos, nós temos, hoje, aproximadamente, 10 mil presos que são de Porto Alegre. Numa cidade de 1,4 milhão; estamos, hoje, com aproximadamente 10 mil pessoas vinculadas ao Município de Porto Alegre no sistema prisional do Estado. E o que os dados demonstram? É que o número de presos segue aumentando por tráfico de drogas, e a idade média da primeira entrada no sistema prisional segue despencando. Isso mostra que a violência tende a continuar aumentando, com a idade dos infratores diminuindo. Na minha opinião – é uma opinião pessoal, não é da Comissão -, se houver a redução da maioridade penal, a idade vai baixar ainda mais, o número de presos jovens vai cair ainda mais, e a violência vai aumentar ainda mais. Essa é a tendência que nós vivemos há 30 anos. Nós estamos fazendo errado, estamos empurrando os jovens para a criminalidade com a atual política sobre drogas e o atual modelo prisional. E o remédio, que nós pensamos ser, é aumentar penas, reduzir a idade penal, o que vai fortalecer esse sistema que temos aplicado há 30 anos. Acho importante dizer que, no mundo todo, o Brasil é o país em que mais tem subido o número de presos nos últimos 17 anos. Nenhum país prende mais do que o Brasil. A ideia de que aqui não se prende ninguém é uma meia verdade, em determinadas classes sociais as prisões estão realmente cheias, e nos surpreende que o número de presos por homicídio, por exemplo, não passe de 2% no sistema prisional, e o trafico de drogas, 60%. A capacidade investigativa da polícia sobre os crimes contra a vida é baixíssima. Nós tivemos, ao longo deste ano, apenas uma pessoa condenada por homicídio na cidade de Porto Alegre. Então, nós estamos dizendo que nós vamos continuar prendendo os jovens com pequenas quantidades de drogas, mas que homicídio não tem problema, não é a nossa prioridade. E a idade média do preso de Porto Alegre, como eu já mostrei, já está em não mais do 22,5 anos de idade, a idade média do preso de Porto Alegre.

Repito: aqui estamos enxergando apenas indicadores de atividade, indicadores-meio, porque não há uma política que mostre os indicadores-fim, como por exemplo, uma estratégia territorial cujo objetivo fosse melhorar os vínculos com a comunidade. O indicador seria o aumento da confiança dos jovens de uma determinada comunidade de periferia. Esse seria o indicador que nós deveríamos estar olhando, mas ficamos olhando só os indicadores de reação do problema da violência.

Destaco a criação do laboratório de perfis genéticos na Cidade – a primeira e grande inovação. Já tivemos mais de 3 mil vestígios biológicos para identificar o DNA neste ano na Cidade. A Guarda Municipal também, conta com 545 agentes e 24 viaturas. Nós tivemos um aumento muito expressivo de ocorrências e de violência nas escolas de Porto Alegre. Esse é o principal dado que nós queremos mostrar: a violência escolar na adolescência está aumentando de forma muito forte. Se nós não fizermos algo diferente do que estamos fazendo, a violência tende a aumentar nos próximos anos ainda mais.

Aumento de 200% nas denúncias de violência contra crianças na Cidade; 47% das violências contra crianças vem das suas próprias mães, o que é um dado que nos surpreendeu muito. Então, Sr. Presidente, como nós não fizemos a prevenção, como a nossa criança está sendo cada vez mais vítima de violência, a violência vem aumentando como uma grande onda na Cidade. A tendência, segundo nossos dados, é que nos próximos anos a violência em Porto Alegre se agrave ainda mais. Então nós gostaríamos de deixar, temos dezenas de outros dados mais aprofundados, hoje foi só uma primeira apresentação para buscar colaborar. A ideia não é um mapa apenas, é que este mapa, este relatório se desenvolva anualmente como uma contribuição técnica desta Câmara para a Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2166/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 205/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que proíbe o Executivo e o Legislativo Municipais de celebrar ou prorrogar contrato com pessoa jurídica, bem como com consórcio de pessoas jurídicas, que tenha efetuado doação em dinheiro, ou bem estimável em dinheiro, para partido político ou campanha eleitoral de candidato a cargo eletivo, por 4 (quatro) anos, contados da data de doação.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1071/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 016/14, de autoria do Ver. Dr. Thiago e do Ver. Bernardino Vendruscolo, que altera o inc. I e revoga o § 1º do art. 195 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre a prejudicialidade na tramitação de proposições.

 

PROC. Nº 2509/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 231/14, de autoria do Ver. Waldir Canal, que inclui a efeméride Semana de Conscientização Contra os Maus Tratos e o Abandono de Animais no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, realizada na semana que incluir o dia 4 de outubro.

 

PROC. Nº 2523/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 234/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Egydio Pedro Flach o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Dezessete – Loteamento Jardim Dona Leopoldina II.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, uso a tribuna para discorrer sobre um projeto que ingressou na discussão, trata-se da Semana de Conscientização Contra os Maus-tratos e Abandono de Animais, do nosso colega Ver. Waldir Canal. Falo com conhecimento de causa, pois fui eleita por esse coletivo, então tenho algumas informações a acrescentar, já que se trata de mais um projeto sobre animais.

É importante que se apresentem projetos para tratar dessa causa, para contemplar lacunas que, muitas vezes, a legislação ainda não contemplou, principalmente em nível municipal. Sabemos que a situação continua crítica em Porto Alegre e em outras tantas cidades com relação aos maus-tratos a animais. O número de solicitação de fiscalização de maus-tratos é crescente, e a nossa Secretaria Municipal justifica que não tem estrutura adequada. Para isso – tecemos críticas, mas também colaboramos – apresentamos emendas ao Orçamento de 2015 visando a assegurar o mesmo orçamento do ano passado. Este ano houve uma redução de 30% no Orçamento, que vem à Casa para discussão, reduzindo em R$ 2,5 milhões, o que equivale a 25 mil esterilizações de cães e gatos ou 250 mil chipagens, que são os procedimentos concretos para realmente diminuir o abandono e minimizar os maus-tratos. Além disso, apresentei mais duas emendas que recompõem o Orçamento em relação à real retirada das carroças, que, por lei, foi aprovado, sancionado e regulamentado. Com isso, a capacitação dessas pessoas para a inclusão em novas atividades passa pelo Orçamento, passa pela execução de cursos, pela execução da inclusão social. Por fim, a emenda ao Orçamento de 2015 da SEDA, que representa a conscientização de maus-tratos aos animais. É o estabelecimento de verba orçamentária também para o tão comentado e tão prometido hospital público veterinário.

Antes de esse novo projeto ir à votação, quero dizer que temos vários instrumentos semelhantes aprovados nesta Casa tratando de conscientização, tratando da proteção animal, tratando da adoção de animais, tratando de controle populacional, tratando do fim do extermínio dos animais – somente com laudo veterinário comprovado.

Então eu vou falar do primeiro: o Fórum de Debates das Políticas Públicas para Proteção de Animais – já há lei, os artigos 67 e 68 instituem políticas públicas para proteção animal – realizar-se-á na primeira semana de outubro, é de autoria do ex-Ver. Elias Vidal. Segundo: Frente Parlamentar Porto Alegre Sem Maus-Tratos aos Animais, e nós nos reunimos mensalmente para ações, desde que foi implementada a Frente aqui na Casa, Frente que presido, temos a participação somente de dois Vereadores da Casa, que são o Ver. Thiago e o Ver. Sgarbossa, mas todos estão convidados e podem contribuir com esse evento que, mensalmente, recebe palestrantes, que variam entre procuradores, promotores, advogados, ONGs, especialistas, veterinários, tratando sempre dessa questão animal.

Na primeira semana de outubro, o projeto do Elias Vidal, Lei nº 694. Nos primeiros sábados e domingos de cada mês, temos a Lei nº 11.576, de nossa autoria, que é a Feira Temática de Solidariedade Animal, que trata também da conscientização de animais e também de todos os assuntos envolvendo animais. Também o dia 4 de outubro, Dia de São Francisco, é um dia sagrado para a proteção animal, e não podemos descartar, não podemos criar leis passando por cima dessa data, o Dia Mundial da Proteção Animal, comemorado em todos os movimentos, em todas as ONGs que têm essa linha de atuação, do Ver. Adeli Sell, que não está mais na Casa...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: ...Portanto, temos várias datas comprometidas. Os projetos são bem-vindos. Claro que são, mais um Vereador que possa colaborar...

Eu quero também relatar que o Ver. Waldir Canal, que é uma pena que não está aqui, tem votado contra quase todos os projetos que nós apresentamos: o Conselho Municipal dos Direitos Animais; também outros projetos que apresentamos de feiras, enfim. Então, eu quero trazer o Vereador para o nosso grupo para colaborar, não só para criar leis. Que, na prática, nós possamos combater realmente os problemas existentes nesta Casa, que não seja mais uma lei, que não seja só para botar nome em uma lei, que venha colaborar. O Dia de São Francisco, do Dia Mundial dos Animais, nós não abrimos mão para...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, prezado Ver. Mauro Pinheiro, quero cumprimentar o ilustre Presidente desta Casa, Ver. Professor Garcia, pelo inteligente artigo ontem publicado no jornal Zero Hora, intitulado “Penalidades Escolares Frente à Sociedade”. Extraio do texto publicado um trecho que me tocou bastante, especialmente por dizer respeito a uma tese que há muito tempo venho defendendo. Diz o Professor Garcia (Lê.): “Uma escola não se limita a transmitir conhecimento em diferentes situações. Ela constitui, também, um laço afetivo familiar. Cabem aos professores e aos pais as responsabilidades de ensinar, preparar os alunos para a vida e apresentar caminhos e direções a seguir”. Parabéns ao Professor Garcia pelo posicionamento claro e adequado à presente conjuntura educacional brasileira.

Ao analisar essa conjuntura, parto do princípio de que está na educação a base determinante do bem comum, alvo maior da atividade política e social. A educação primeira cabe à família, como bem disse o Professor Garcia, para a transmissão e o ensino dos fundamentos essenciais, mas é também dever do Estado, porque a educação é considerada um direito de todos! É também um dever do Estado, a quem cabe promovê-la e incentivá-la com a colaboração da sociedade. O problema é mais sério do que pode parecer. No ranking da educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em que são analisados 36 países, o Brasil atualmente amarga a penúltima posição! Em 36 países, ele está em 35º lugar, à frente somente do México. O Brasil está entre os 53 países que ainda não atingiram, e nem estão perto de atingir, os Objetivos de Educação para Todos até 2015.

Já com relação ao Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Brasil ocupa o 53º terceiro lugar em Educação, entre 65 países. Lá na rabeira! O analfabetismo está em 28% entre pessoas com idade entre 15 e 64 anos. Impressionante! Somente 20% dos jovens que concluem o Ensino Fundamental – e que moram nas grandes cidades – não dominam o uso da leitura e da escrita. Ainda não sabem ler e escrever! E há professores que recebem menos que o piso salarial aprovado por lei. Isso foi apenas uma amostra da situação real.

Portanto, seria de se esperar que o tema Educação tivesse sido insistentemente debatido na última campanha política, o que, infelizmente, não aconteceu. Especialmente, em nenhum momento foi dado realce ao vínculo escola/família, duas instituições essenciais, sem cuja valorização a sociedade tende a tomar o rumo perverso da degradação, como está acontecendo. Isto observado e assimilado, tenho a convicção de que esta Casa tem o dever de dar um maior realce, maior relevo ao debate sobre Educação e família.

Em seu artigo, o Ver. Professor Garcia pode ter dado início a esse processo de debate, para o qual convoco as Sras. Vereadoras e os Srs. Vereadores para tratar, Ver. Tarciso, de um tema importante que é a Educação – sem proselitismo, sem demagogia, entrando a fundo na questão da Educação. Muito obrigado, Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde colegas, servidores, público que nos assiste; vimos aqui para discutir um projeto que entra em 1ª Sessão de Pauta hoje, de nossa autoria, que proíbe o Executivo e o Legislativo Municipais de celebrar ou prorrogar contrato com pessoa jurídica, bem como com consórcio de pessoas jurídicas, que tenha efetuado doação em dinheiro, ou bem estimável em dinheiro, para partido político ou campanha eleitoral de candidato a cargo eletivo, por quatro anos, contados da data de doação. Primeiro, quero aqui fazer uma referência ao Ver. Bernardino Vendruscolo, que também está inscrito para discutir a Pauta. Ele, neste ano, não estou lembrado do mês, teve um projeto rejeitado pelo Plenário com o argumento de que o projeto falava nas pessoas jurídicas que eram destinatárias de isenções fiscais e que ficariam proibidas de doar para campanhas eleitorais. Lembro, Ver. Bernardino, de alguns Vereadores colocando que isso era matéria eleitoral, coisa que o parecer da Procuradoria - desculpe se estou roubando a sua fala - deixava bem claro que não entrava em matéria eleitoral, mas de qualquer forma o projeto foi rejeitado. Consultei o Ver. Bernardino se poderíamos reapresentá-lo, inclusive conjuntamente, isso para empresas destinatárias de isenções fiscais do Município. Nós já amadurecemos uma ideia há mais tempo, uma ideia mais ampla, que prevê que toda a contratação de empresas, na forma mais ampla da contratação, a pessoa jurídica que doar fica proibida de contratar com o Município. Não preciso me alongar muito do mérito, estamos vendo nesses dias que passam inúmeros empresários sendo presos e, pela primeira vez, talvez esteja se discutindo que, do lado da corrupção, existe o corruptor. Não é um crime de um lado só, é um crime de dois lados. E queremos deixar bem claro que não temos a visão de que todo o empresário é necessariamente um corruptor, mas também não podemos ser ingênuos em achar que o empresário que doa quantias muito altas o faz por ideologia ou por querer apoiar simplesmente candidatos. Isso ele poderia fazer individualmente, como pessoa física, inclusive aí a legislação eleitoral já está garantida, tem um percentual do seu ganho anual, do ano anterior, que ele pode doar. Então, está perfeitamente contemplado. Agora, quando um empresário coloca R$ 200 mil, R$ 300 mil, R$ 1 milhão numa campanha eleitoral, parece-me, no mínimo, suspeito e obviamente há competitividade entre os candidatos. Nós sabemos que as campanhas se tornaram infelizmente campanhas caríssimas, o candidato não sai mais à rua e prefere contratar milhares de pessoas para fazer a sua campanha. Então, fica difícil, Ver.ª Lourdes Sprenger, e eu sei que a senhora é uma das candidatas que sofreu como nós, que saiu pessoalmente à rua, se expôs diretamente, precisou de alguns recursos, é verdade, mas o fez provavelmente com as suas economias pessoais e de alguns poucos amigos que a apoiaram. Então, vejam, nós não estamos aqui querendo ser o sal da terra, achar que se doou, necessariamente, está vinculado à questão da corrupção, mas nós queremos igualdade entre os candidatos, isso, sim.

Esse é um tema que já vem sendo discutido no STF, inclusive a OAB entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade. Seis ministros, dos onze, já se declararam a favor da ação, ou seja, contrários à doação de empresas para campanhas eleitorais. O Ministro Gilmar Mendes pede vista do processo e, até hoje, não devolveu. Infelizmente não há um prazo regimental para a devolução do processo, quando o Ministro pede vista, mas passamos mais uma eleição em que as empresas e o poder econômico tiveram a sua influência muito forte. Então, uma pena, lamentamos, é uma decisão, está no mérito da sua decisão, mas é uma pena. Se nós tivéssemos, nesta eleição, a proibição da doação das empresas, talvez teríamos, principalmente, na esfera parlamentar, resultados diferentes.

Quero aqui fazer um convite aos demais Vereadores, para que analisem e pensem que isso vem para igualar a partida. Nós, como Vereadores, já temos vantagens na concorrência com aqueles que querem entrar. Eu digo...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: ...nós, Vereadores, que estamos aqui eleitos, na relação com outros candidatos, daqui a dois anos, já estamos em vantagem, porque estamos aqui pagos para trabalharmos, sim, pela Cidade, mas isso, logicamente, é uma distorção em relação àqueles que precisam ganhar o seu pão, que estão trabalhando na sua atividade privada. Então, já temos uma vantagem, mas nós precisamos dar esse passo para que a democracia se fortaleça. É isso que nos legitima enquanto representantes da população. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; senhoras e senhores, quero cumprimentar o Sr. Raul, Secretário da Acessibilidade. Ver. Sgarbossa, o seu projeto vem no mesmo caminho que o projeto que propus, lá atrás, e que, infelizmente, no início deste ano, não conseguimos votá-lo. Ou melhor, não conseguimos aprová-lo, ele foi votado, mas os colegas votaram contra. Isso é a mesma coisa, Secretário Raul, enquanto o senhor, na Secretaria de Acessibilidade, está a lutar pelas questões da acessibilidade, regrando o comportamento, por exemplo, dos imóveis que são construídos pela iniciativa privada, vamos dizer assim, os imóveis comerciais, enfim. E tem que ser esse caminho, tem que ser feito isso, tem que se exigir -, os órgãos públicos, se nós formos olhar, eles não têm, na grande maioria, as condições, respeitando a questão da acessibilidade. Eu vou citar um deles: o prédio do IPE, onde eles dizem para as pessoas com deficiência: “O senhor entre lá pelos fundos - já começa a discriminação por aí -, porque tem um elevador lá”. Quer dizer, essas coisas, muitas vezes, doem, Sgarbossa. Eu, quando vi o meu projeto derrotado aqui, fiquei muito chateado, porque não tem como nós aceitarmos a ideia de que uma empresa que recebeu incentivo do Município, do Estado e da União – mas aqui temos que falar do Município -, essa mesma empresa fique autorizada, habilitada a fazer doações para os parlamentares que aprovaram a lei trazendo o benefício!

E aqui nós podemos citar um projeto debatido longamente nesta Casa, quando nós aumentamos o índice construtivo do Olímpico para facilitar a negociação para a construção da Arena do Grêmio. Juntos, nós votamos aqui o Projeto dos Eucaliptos. Então, quer dizer, para contentar gremistas e colorados, nós votamos um projeto especial aumentando o índice construtivo. As empresas, muitas delas, que se beneficiaram, e estão se beneficiando, fizeram doações na campanha passada. Fizeram doações.

Ver. Sgarbossa, tenha certeza de que muitos dos que estão aqui vão votar com V. Exa. Agora, dificilmente, haverá votos suficientes para aprovar.

Mas o mais lamentável de tudo isso é que a gente não recebe apoio da grande mídia para fazer essas divulgações. Nós não recebemos, infelizmente. É uma notinha aqui, outra, ali. E esses projetos são para quem não tem independência e não tem compromisso, esses propõem esse tipo de projeto. Por isso, cumprimento V. Exa., e tenha a certeza de contar com o meu apoio.

O projeto é muito semelhante ao meu projeto, porém, o meu vai por outro viés, e nós temos que salientar, veementemente, porque, na época, o meu projeto foi visto por alguns colegas como um projeto que tratava de legislação eleitoral. Não é verdade! O Projeto tratava de lei tributária municipal, tanto é que a Procuradoria da Casa deu parecer favorável ao meu projeto na época. Mas alguns se pegaram em algumas questões, até por legítima defesa, porque gostam desse comportamento.

Eu aprovo um projeto especial, beneficio um grupo, um segmento empresarial e, depois, eu vou lá com a pastinha debaixo do braço, no período eleitoral, buscar dinheiro. É Vereador, então, os nossos cumprimentos, e conte com o meu apoio. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não há mais inscritos. Encerrada a Pauta.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h06min.)

 

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